Jorgiel de Oliveira Leite: o militar empático a serviço dos que precisam

18 de março de 2022 - 16:44 # # # # #

Ana Carolina Carvalho - Texto Helene Santos - Fotos

Muito além de patentes e de cargos, a Polícia Militar do Ceará é composta por gente. Pessoas que fazem a diferença na vida da população de forma única. Longe dos estereótipos arraigados de preconceitos que distanciam, um sorriso fácil e colo aproxima o cidadão de Jorgiel de Oliveira Leite.

Capitão da Polícia Militar do Estado do Ceará desde 1995, ele já dedica 27 anos da vida a serviço da população.

“Trabalhei no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP) durante quase dez anos. De lá, fui para Maranguape, depois Assembleia Legislativa, Comando Geral, Coordenadoria de Gestão de Pessoas (CGP) e foi lá que aprendi a analisar um processo de reserva.

E foi assim que o contato com os beneficiários da previdência teve início na vida de Jorgiel. Na antiga CPREV, coordenação vinculada à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), ele começou a trabalhar exclusivamente com previdência.

“ Em 2011, eu cheguei na CPREV e, em 2015, fui convidado a ser orientador de célula e ficar responsável pelos processos dos militares tanto de reserva, reforma, como de pensão. Após a criação da Fundação de Previdência Social do Estado do Ceará (Cearaprev), a célula se transformou em gerência e eu estou à frente da Gerência de Benefício a Militares”.

Nesses quase 12 anos trabalhando diretamente com previdência, Jorgiel já vivenciou muitas dores e alegrias acompanhando processos de reserva, reforma e pensão dos militares. Ele enfatiza que não são apenas papéis e documentações, são vidas, famílias inteiras envolvidas, e muita luta.

“A pensão tem aquele lado mais humano devido ao desamparo. A família ficou desamparada do chefe. Muitas delas ainda vivem de forma patriarcal, com o homem sustentando tudo. E quando a família se vê sem o cara que resolvia tudo, a esposa fica ‘voando’, como nós costumamos dizer nos quartéis, não sabe nem como começar a pedir uma pensão”.

É nesse momento em que a empatia faz toda a diferença. O “colocar-se no lugar do outro”, que Jorgiel tanto fala, é amparar a família no momento de dor. É reconhecer na viúva e nos filhos um profissional que dedicou a vida ao Estado, é prestar a orientação devida com toda paciência e simplicidade possíveis para que a família seja assistida.

“Buscamos orientar sempre com muito zelo e empatia, pois a pensão, ela tem muita história de desamparo. Tem o problema financeiro porque não cai logo no primeiro mês, pois existem os trâmites de montar o processo, assinar, publicar, essas coisas todas”.

A boa vontade e a alegria estampadas no rosto de Jorgiel faz com que os processos caminhem e sejam agilizados. A intenção é que em menos de três meses a família já esteja recebendo.

Vida de militar

Ser militar era um sonho e vocação desde menino. Ele não imaginava ser outra coisa além de um defensor da sua pátria por meio do exemplo e da honra.

“Eu sempre quis ser militar. Fui sargento do exército temporário, passei seis anos, cinco meses e 23 dias no exército, 10º Grupo de Artilharia de Campanha. Quando terminou o tempo eu tive que sair porque eu era sargento temporário, mas eu fiquei sempre com aquilo que queria ser militar porque eu gosto de ser militar”.

Para Jorgiel, ser militar é aprender a disciplina, o respeito, a hierarquia e saber se comportar porque “a vida do militar mostra o caminho certo.”

“Eu adoro ser militar, entraria de novo, começaria tudo de novo. Eu amo a minha pátria. Quero vê-la bem, para que meu país seja elogiado lá fora, seja visto como um país bom, que serve para morar”.

Sensibilidade e poesia

 

Esposo e pai de dois filhos, cuja sensibilidade aflorada transborda por meio das poesias ritmadas. De coração acolhedor, busca ver no outro o reflexo do melhor que ele pode oferecer.

“O que eu sempre falo é que trabalhar com previdência, antes de você saber analisar um processo ou ser formado em direito ou ter a experiência em uma previdência, antes de tudo isso, é preciso ter um olhar mais humano. Trazer pra si aquele problema, se colocar no lugar do outro, ser aquela pessoa que diz ‘eu vou resolver esse problema porque esse problema que eu estou resolvendo é o problema da vida de uma pessoa, de um ser humano, e de uma família’. É necessário ter um olhar diferenciado. Não adianta saber muito, ter títulos, e ser uma cara que não gosta de ajudar o próximo, aquele cara que não gosta de servir a ninguém, esse cara não dá para trabalhar na previdência”.

Para o futuro da previdência e dos serviços aos militares uma coisa é certa: enquanto houver paixão, escolha e vocação, Jorgiel de Oliveira Leite estará fazendo a diferença no servir.